sábado, 18 de junho de 2011

AO PÉ DA ORELHA


(Texto para a orelha do meu primeiro livro de contos!)

A porta estava bem ali na frente, à minha espera. Encarar ou desistir? Deu aquele friozinho na barriga, mas entrei. E vi cada coisa! Agora, vou contar tudinho aqui para vocês...
Conto mesmo: são trinta e três visões, e é com grande satisfação que ora as reúno neste meu livro inaugural. Nenhum conto aqui é inédito. A maioria já saiu em coletâneas, e todos estão na internet – seja em meus blogs pessoais ou em sites colaborativos de literatura. Mas, cá para nós: neste momento, estes trinta e três rebentos me parecem novinhos em folha, recém-saídos da gaveta... Vejo-os alegres e saltitantes que nem criança na casa da avó, que nem pipa faceira no céu, que nem cachorrinho solto na areia da praia... É tudo tão espantoso, tão deliciosamente diferente! É como se, somente agora, eles tivessem atingido a maioridade e se dispusessem a conhecer o mundo de verdade, lá fora...
Está bem, meus filhos. Podem ir aonde quiserem. Vão com a minha bênção. Como pai zeloso, ficarei sempre vigiando. Vigiando e vivendo. Aprendendo. Criando...

2 comentários:

Zélia Guardiano disse...

Muito lindo, Hélio!
Demais!
É esse, realmente, o sentimento que nos invade , quando publicamos em papel. Estou vivendo, pela primeira vez, a experiência: meu livro de poesias está quase, quase pronto. Estou conferindo o primeiro boneco. E a sensação que tenho é, exatamente, essa que você descreve.
Adorei!
Abraço.

Francisco Hélio Sena Brito disse...

Que maravilha, minha querida Zélia. Sucesso com seu "filhinho"!